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Consumidor do futuro e como motivá-lo
Identificar os perfis de consumidor do futuro é uma tarefa importante para qualquer empresa que deseja se manter relevante e competitiva no mercado a longo prazo.
Por meio de análise das tendências e dos comportamentos de consumo, é possível entender melhor as necessidades e os desejos do consumidor e adaptar as estratégias de marketing e vendas de acordo com essas demandas.
Pensando nessas questões, a WGSN listou alguns perfis de consumidores que vão ditar os rumos do mercado em 2025. Confira abaixo os quatro perfis de consumidores, segundo as informações do relatório Consumidor do Futuro.
1- Os neo-niilistas
O neo-niilismo é uma corrente filosófica que rejeita a noção da existência da verdade ou de significados objetivos na vida. Nessa doutrina, questiona-se a validade de conceitos como moralidade, religião e valores culturais e acredita-se que o ser humano é livre para criar o seu próprio sentido da vida.
De acordo com a WGSNS, os neo-niilistas são avessos à volatilidade do mundo atual e sempre buscam a felicidade e um novo senso de propósito fora das convenções. Cansados dos problemas globais e duvidando da capacidade dos governos e das instituições para enfrentá-los, esse perfil é caracterizado pelo ceticismo. Não que eles não se importem, eles apenas perceberam que se preocupar menos pode ser um mecanismo de enfrentamento eficaz.
Apesar do niilismo ser considerado um sentimento negativo (mais próximo do cinismo e do pessimismo), os neo-niilistas acreditam que abrir mão da responsabilidade pode trazer satisfação. Afinal, por meio disso, esses consumidores conseguem criar suas próprias regras, imaginar novas realidades e determinar a própria vida. Uma medida de sucesso e felicidade, longe das expectativas da sociedade.
De acordo com a pesquisa Young People ‘s Voices on Climate Anxiety, Government Betrayal and Moral Injury sobre ansiedade climática, traição e danos morais, 50% dos jovens, de 16 a 25 anos, sentem-se tristes, ansiosos, desamparados, sem esperança e culpados pelo clima de crise. Além disso, mais de 45 % acreditam que essa preocupação com a crise climática afeta negativamente sua rotina diária.
Perfis que compõem esse grupo: outsiders, pensadores independentes, subversores e sonhadores.
Como motivá-los: é preciso investir em igualdade, seja por meio de estratégias de parcerias modernas, seja por meio de experiências baseada em valores. Além disso, eles se interessam por ideias especulativas e gêneros criativos fora do convencional, como o capitalismo regenerativo, a cultura do caos, os temas distópicos com viés otimista ou mesmo games e substâncias psicodélicas como forma de terapia. Para alcançá-los, você precisa mostrar que está no mesmo nível deles.
2 – Os redutores
O perfil dos redutores é composto por pessoas que estão buscando uma vida social mais equilibrada e significativa através da desconexão digital e da busca por conexões pessoais autênticas.
De acordo com o relatório Consumidor do Futuro, depois de adotar a conveniência digital e a vida remota durante a pandemia, os redutores desejam se reconectar com o mundo físico e com as comunidades por meio do contato humano. Em um mundo sempre em busca de algo maior, melhor e mais rápido, esse grupo busca interações em uma escala mais humana. Essas pessoas optam por qualquer coisa tangível e estão plenamente conscientes do impacto que têm no mundo. Eles acreditam que o crescimento econômico deve colocar as pessoas e o planeta em primeiro lugar, e o consumo desse grupo é baseado nessa crença.
Esses consumidores desejam conforto e eficiência, mas sem abrir mão da ética e da sustentabilidade, por meio de serviços prestados por trabalhadores bem remunerados, baseados em modelos de negócios justos.
Segundo pesquisa da WGSN, 64% dos entrevistados compraram mais do comércio local desde o início da pandemia, com o objetivo de apoiar a comunidade.
Como motivá-los: priorizando a gentileza e a integridade. Afinal, estão cada vez mais comprometidos em humanizar suas interações, valorizando a importância das relações pessoais e da conexão comunitária.
3 – Protetores do tempo
Para os protetores do tempo, a pandemia levou a uma redefinição cultural, mudando permanentemente sua relação com o tempo, a idade e com os outros grupos demográficos.
Essas pessoas estão lutando contra a fragmentação da cultura, visando transformar o tempo em experiências interessantes. Afinal, eles querem investir em coisas que tornem a vida mais rica.
Na contramão dos rótulos, os protetores do tempo desejam criar amizades intergeracionais mais baseadas em interesses comuns do que em faixas etárias. Eles também entendem o valor financeiro dos momentos e querem gastá-lo com coisas que economizam tempo. No entanto, se você quiser um pouco do tempo deles, ou pior, se desperdiçá-lo, pagará caro.
Para esse perfil de consumidor mais interessado em colecionar lembranças do que bens materiais, a qualidade é sempre mais importante que a quantidade. A mentalidade desse grupo pode ser resumida em uma famosa citação de Abraham Lincoln, ex-presidente dos EUA: “A melhor coisa sobre o futuro é que ele chega aos poucos, um dia de cada vez.”
Segundo pesquisa da McKinsey, 79% dos entrevistados afirmam que o bem-estar é importante, e 42% acham que o tema é prioritário.
Como motivá-los: será preciso investir em valores e em relacionamentos significativos. Esse grupo deseja se conectar com marcas e empresas que falam a mesma língua e estão comprometidas com suas causas.
Os pioneiros
Os pioneiros são indivíduos que operam nos limites da sociedade, testando novos conceitos de vida e empreendedorismo, sempre com um viés social. Os seus objetivos e propósitos são os espaços físicos e digitais, já que buscam imaginar o significado de existir, conectar e cuidar.
Ainda de acordo com o relatório Consumidor do Futuro, esse grupo é como um aparelho eletrônico: é preciso ligá-lo na tomada. Eles têm a necessidade de ter a atenção através de novas ideias e produtos versáteis, que são capazes de tornar o mundo físico e virtual mais acessível para todos. Afinal, eles ficam sempre com um pé no mundo físico e o outro no digital, pois têm como missão fazer a ponte entre essas duas realidades.
Esses consumidores adoram liderar e são movidos pela ideia de causar impacto. São atraídos por produtos e serviços que os inspiram e que permitem transitar livremente entre mundos diferentes.
Segundo pesquisa da WGSN Insight, 19% dos entrevistados já compraram itens virtuais, como skins em games ou roupas digitais.
Perfis que compõem esse grupo: pensadores, especialistas em tecnologia e planejadores urbanos que estão construindo novos mundos, como cidades inteligentes (com sistemas de trânsito inclusivos) e espaços no metaverso mais seguros.
Como motivá-los: explore pontos de contato flexíveis das inovações físicas e digitais. Esse grupo deseja que a vida esteja sob demanda. Esteja atento a isso e saiba como se conectar com esses indivíduos.
Planejamento de Marketing Digital: um olhar para o futuro!
Entender e identificar cada um desses perfis é uma tarefa primordial que pode ser feita por especialistas, como os de uma agência de comunicação digital. Dessa forma, cada público pode ser abordado com mais assertividade, e essa pode ser uma boa oportunidade para seu negócio. Aproveite!
Thay Abrantes
CEO da Cryah Agência Digital
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