Acontece no Digital
Dependências Tecnológicas dos EUA e Impactos no Mercado Digital Brasileiro

Introdução
O mercado digital brasileiro encontra-se em uma posição de extrema vulnerabilidade devido à sua profunda dependência das tecnologias controladas pelos Estados Unidos. Esta análise abrangente examina as implicações estratégicas, econômicas e geopolíticas dessa dependência, avaliando cenários de impacto em caso de bloqueios ou sanções americanas e propondo estratégias de mitigação para fortalecer a soberania digital nacional.
A pesquisa revela que o Brasil depende criticamente de tecnologias americanas em áreas fundamentais como sistemas de navegação (GPS), plataformas de comunicação (Google, Meta, Microsoft), infraestrutura de nuvem (AWS, Azure, Google Cloud), inteligência artificial (OpenAI, Google) e semicondutores. Esta dependência coloca em risco não apenas o funcionamento básico da economia digital brasileira, mas também a segurança nacional e a autonomia tecnológica do país.
O ambiente regulatório brasileiro, caracterizado pela recente decisão do Supremo Tribunal Federal sobre o Marco Civil da Internet, adiciona uma camada de complexidade e volatilidade que pode tanto agravar quanto mitigar os riscos de dependência tecnológica. A análise identifica alternativas viáveis através de parcerias Sul-Sul, soluções europeias, tecnologias chinesas e desenvolvimento de capacidades nacionais, propondo um plano estratégico de curto, médio e longo prazo para reduzir a vulnerabilidade tecnológica brasileira.
1. O contexto da dependência Tecnológica Global
O século XXI testemunha uma crescente concentração do poder tecnológico global nas mãos de um número limitado de países e empresas, com os Estados Unidos ocupando uma posição dominante em setores críticos da economia digital. Esta concentração não é meramente uma questão de competitividade comercial, mas representa uma forma contemporânea de exercício de poder geopolítico que transcende fronteiras tradicionais e permeia todos os aspectos da vida moderna.
Para o Brasil, quinta maior economia mundial e líder regional na América Latina, essa dependência tecnológica representa um dos maiores desafios estratégicos do século. O país, que possui um mercado digital avaliado em mais de R$ 200 bilhões anuais e uma população de 220 milhões de habitantes altamente conectados, encontra-se em uma posição paradoxal: ao mesmo tempo em que lidera a transformação digital regional, mantém-se profundamente dependente de tecnologias e infraestruturas controladas por entidades estrangeiras, particularmente americanas.
A questão da dependência tecnológica ganhou urgência renovada no contexto das crescentes tensões geopolíticas globais, das disputas comerciais entre grandes potências e da emergência de conceitos como “soberania digital” e “autonomia tecnológica” nas agendas governamentais mundiais. O Brasil, tradicionalmente posicionado como uma potência regional em busca de maior protagonismo global, vê-se confrontado com a necessidade de repensar sua estratégia tecnológica nacional em um mundo cada vez mais fragmentado e polarizado.
O ambiente digital brasileiro caracteriza-se por uma dualidade fundamental: por um lado, demonstra notável dinamismo e inovação, com um ecossistema de startups vibrante, alta penetração de tecnologias móveis e liderança regional em setores como fintechs e e-commerce; por outro lado, revela uma dependência estrutural de tecnologias, plataformas e infraestruturas controladas por entidades estrangeiras, criando vulnerabilidades que podem ser exploradas em contextos de tensão geopolítica ou mudanças nas políticas comerciais internacionais.
A recente decisão do Supremo Tribunal Federal brasileiro sobre o Marco Civil da Internet, alterando significativamente as regras de responsabilização de plataformas digitais, adiciona uma dimensão regulatória complexa a essa equação. Esta mudança não apenas afeta a operação das big techs americanas no país, mas também cria oportunidades e desafios para o desenvolvimento de alternativas nacionais e regionais.
1.1. Mapeamento das Tecnologias Críticas Dominadas pelos Estados Unidos
A dependência brasileira das tecnologias americanas inicia-se no nível mais fundamental da infraestrutura digital: os sistemas de comunicação e navegação que sustentam toda a economia moderna. O Sistema de Posicionamento Global (GPS), desenvolvido e controlado pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos, representa talvez a dependência mais crítica e menos visível do ecossistema tecnológico brasileiro [1].
O GPS não é apenas utilizado para navegação pessoal através de aplicativos como Google Maps ou Waze, mas permeia praticamente todos os aspectos da economia moderna brasileira. O sistema bancário nacional depende do GPS para sincronização temporal precisa de transações, essencial para o funcionamento do Sistema de Pagamentos Instantâneos (Pix), que processa mais de 3 bilhões de transações mensais [2]. A agricultura de precisão, setor onde o Brasil é líder mundial, utiliza tecnologia GPS para otimização de plantio, irrigação e colheita, contribuindo para a produtividade que torna o agronegócio brasileiro competitivo globalmente [3].
O setor de transporte e logística, fundamental para um país de dimensões continentais como o Brasil, depende integralmente do GPS para rastreamento de cargas, otimização de rotas e coordenação de frotas. A interrupção deste sistema causaria um colapso imediato na cadeia de suprimentos nacional, afetando desde a distribuição de alimentos até a entrega de medicamentos [4]. Setores críticos como energia elétrica, telecomunicações e serviços de emergência também dependem do GPS para sincronização de redes e coordenação de operações.
A infraestrutura de cabos submarinos que conecta o Brasil à internet global também apresenta vulnerabilidades significativas. Embora não sejam diretamente controlados pelos Estados Unidos, muitos desses cabos passam por territórios ou águas sob influência americana, e as tecnologias utilizadas em sua construção e manutenção frequentemente dependem de componentes e expertise americanos [5]. A proposta brasileira de construção de um cabo submarino do Sul Global, apresentada em reuniões do BRICS, reflete o reconhecimento dessa vulnerabilidade e a busca por alternativas [6].
1.2. Plataformas de Comunicação e Redes Sociais
O domínio americano nas plataformas de comunicação digital representa uma das dependências mais visíveis e politicamente sensíveis do ecossistema brasileiro. O Google, através de seus diversos serviços (Search, Gmail, YouTube, Android), atende mais de 95% das buscas realizadas no Brasil e fornece o sistema operacional para mais de 85% dos smartphones utilizados no país [7]. Esta penetração massiva significa que a empresa americana tem acesso a dados comportamentais, preferências e padrões de comunicação de praticamente toda a população brasileira conectada.
O Facebook (Meta), através de suas plataformas Facebook, Instagram e WhatsApp, domina a comunicação social e comercial no Brasil. O WhatsApp, em particular, tornou-se uma infraestrutura crítica de comunicação, sendo utilizado por mais de 165 milhões de brasileiros para comunicação pessoal, comercial e até mesmo governamental [8]. A dependência do WhatsApp é tão profunda que interrupções temporárias do serviço causam impactos econômicos mensuráveis, afetando desde pequenos comerciantes que dependem do aplicativo para vendas até grandes empresas que o utilizam para atendimento ao cliente.
O YouTube estabeleceu-se como a principal plataforma de distribuição de conteúdo audiovisual no Brasil, competindo diretamente com a televisão tradicional, especialmente entre as gerações mais jovens. A plataforma não apenas influencia o consumo de entretenimento, mas também serve como fonte primária de informação para milhões de brasileiros, criando uma dependência informacional que tem implicações democráticas e culturais significativas [9].
O Twitter (agora X), embora com menor penetração que outras plataformas, mantém influência desproporcional nos debates políticos e na formação de opinião pública no Brasil. A plataforma serve como principal canal de comunicação para políticos, jornalistas e formadores de opinião, criando uma dependência estrutural para o debate público nacional [10].
1.3. Infraestrutura de Computação em Nuvem
A dependência brasileira da infraestrutura de nuvem americana representa uma das vulnerabilidades mais críticas e menos compreendidas do ecossistema digital nacional. A Amazon Web Services (AWS) controla aproximadamente 31% do mercado global de nuvem e mantém uma posição dominante no Brasil, hospedando infraestruturas críticas de bancos, empresas de telecomunicações, órgãos governamentais e startups [11].
A Microsoft Azure, com 21% do mercado global, fornece serviços de nuvem para grande parte do setor corporativo brasileiro, incluindo soluções de produtividade (Office 365) utilizadas por milhões de trabalhadores brasileiros [12]. A dependência do pacote Office da Microsoft é particularmente profunda no setor público, onde a ferramenta tornou-se padrão de facto para documentação e comunicação governamental.
O Google Cloud, embora com menor participação de mercado (11% globalmente), mantém presença significativa no Brasil, especialmente entre startups e empresas de tecnologia que se beneficiam da integração com outros serviços Google [13]. A empresa também fornece serviços de inteligência artificial e machine learning que são utilizados por empresas brasileiras para desenvolvimento de produtos e serviços inovadores.
Esta concentração na infraestrutura de nuvem americana cria múltiplas vulnerabilidades. Primeiro, dados sensíveis de empresas e cidadãos brasileiros são armazenados e processados em infraestruturas sujeitas à legislação americana, incluindo leis como o CLOUD Act, que permite ao governo americano acessar dados armazenados por empresas americanas independentemente de sua localização física [14]. Segundo, a interrupção desses serviços causaria um colapso imediato em setores críticos da economia brasileira, desde o sistema financeiro até serviços de saúde e educação.
1.4. Inteligência Artificial e Ferramentas de Desenvolvimento
O domínio americano no campo da inteligência artificial representa uma das dependências mais estratégicas e de longo prazo para o Brasil. A OpenAI, através do ChatGPT e de suas APIs, tornou-se a principal referência em IA generativa, sendo utilizada por milhares de empresas brasileiras para desenvolvimento de produtos, atendimento ao cliente e automação de processos [15]. A dependência dessa tecnologia é particularmente preocupante considerando que o acesso pode ser restringido ou condicionado a políticas específicas da empresa ou do governo americano.
O Google, através de seus modelos de IA (Gemini, anteriormente Bard) e ferramentas de desenvolvimento (TensorFlow), mantém posição dominante no ecossistema de inteligência artificial brasileiro [16]. A empresa fornece não apenas ferramentas prontas, mas também as plataformas e frameworks utilizados por desenvolvedores brasileiros para criar suas próprias soluções de IA, criando uma dependência estrutural que se estende além do uso direto de produtos.
A Microsoft, através de sua parceria com a OpenAI e integração de IA em seus produtos (Copilot), está expandindo rapidamente sua influência no mercado brasileiro de inteligência artificial [17]. A empresa está negociando entrada na nuvem soberana do Serpro, o que demonstra tanto a dependência brasileira quanto os riscos de aprofundá-la mesmo em iniciativas supostamente voltadas para a soberania digital [18].
1.5. Sistemas Operacionais e Software Base
A dependência de sistemas operacionais americanos permeia todos os níveis da infraestrutura digital brasileira. O Windows da Microsoft domina os computadores pessoais e corporativos, enquanto o Android do Google controla mais de 85% dos smartphones brasileiros [19]. Esta dependência não é meramente uma questão de preferência do consumidor, mas reflete um ecossistema tecnológico onde alternativas viáveis são limitadas ou inexistentes.
O iOS da Apple, embora com menor participação de mercado no Brasil devido ao alto custo dos dispositivos, mantém influência significativa entre usuários de maior poder aquisitivo e profissionais de setores específicos como design e comunicação [20]. A dependência desses sistemas operacionais significa que atualizações, políticas de segurança e funcionalidades disponíveis para usuários brasileiros são determinadas unilateralmente por empresas americanas.
No setor corporativo, a dependência de software americano estende-se a praticamente todas as áreas de negócio. Sistemas de gestão empresarial (ERP), ferramentas de design (Adobe), plataformas de desenvolvimento (Microsoft Visual Studio) e soluções de segurança cibernética são predominantemente fornecidos por empresas americanas [21]. Esta dependência cria vulnerabilidades não apenas em termos de acesso a tecnologias, mas também em relação à transferência de conhecimento técnico e capacidade de inovação nacional.
1.6. Semicondutores e Hardware Crítico
Embora o Brasil não seja um grande produtor de semicondutores, sua dependência de chips americanos é crítica para o funcionamento de toda a infraestrutura digital nacional. Processadores Intel e AMD equipam a maioria dos servidores e computadores utilizados no país, enquanto chips da Qualcomm dominam o mercado de smartphones [22]. Esta dependência é particularmente vulnerável a sanções comerciais, como demonstrado pelas restrições impostas à Huawei e outras empresas chinesas.
A ausência de uma indústria nacional de semicondutores significa que o Brasil depende integralmente de importações para manter sua infraestrutura digital funcionando. Qualquer interrupção na cadeia de suprimentos de semicondutores, seja por sanções, conflitos comerciais ou crises geopolíticas, teria impactos devastadores na economia brasileira [23]. A recente escassez global de chips durante a pandemia de COVID-19 ofereceu uma prévia dos riscos associados a essa dependência.
2. Análise da Dependência das Big Techs Americanas no Brasil
A presença das big techs americanas no mercado brasileiro transcende a simples participação comercial, configurando uma forma de dependência estrutural que permeia todos os aspectos da vida digital nacional. O Google, através de seu ecossistema integrado de serviços, alcança praticamente 100% da população brasileira conectada, seja através de buscas, e-mail, mapas, ou sistema operacional Android [24]. Esta penetração universal significa que a empresa americana possui acesso a dados comportamentais, padrões de consumo e preferências de praticamente toda a população economicamente ativa do país.
A Meta (Facebook) estabeleceu uma dominância quase monopolística na comunicação social brasileira, com o WhatsApp sendo utilizado por mais de 75% da população total do país – uma penetração superior à de muitos serviços públicos básicos [25]. Esta dependência é particularmente crítica considerando que o WhatsApp tornou-se infraestrutura essencial para o comércio brasileiro, com milhões de pequenos e médios empresários dependendo da plataforma para vendas, atendimento ao cliente e gestão de negócios.
A Amazon, através da AWS, controla uma parcela significativa da infraestrutura de nuvem que sustenta a economia digital brasileira. Bancos como Nubank, Itaú e Bradesco utilizam serviços AWS para operações críticas, incluindo processamento de transações e armazenamento de dados de clientes [26]. A dependência é tão profunda que uma interrupção dos serviços AWS causaria impactos imediatos no sistema financeiro nacional, afetando desde pagamentos por cartão até operações do Pix.
A Microsoft mantém dominância no software corporativo brasileiro através do pacote Office 365 e sistemas Windows, sendo utilizada por mais de 80% das empresas brasileiras de médio e grande porte [27]. No setor público, a dependência é ainda mais acentuada, com órgãos governamentais federais, estaduais e municipais utilizando predominantemente soluções Microsoft para produtividade e gestão documental.
2.1. Dependência Econômica e Fluxos Financeiros
A dependência das big techs americanas gera fluxos financeiros significativos do Brasil para os Estados Unidos, representando uma forma contemporânea de transferência de valor que impacta a balança comercial e a soberania econômica nacional. Estimativas conservadoras indicam que empresas brasileiras gastam mais de R$ 15 bilhões anuais em serviços de nuvem, software e publicidade digital fornecidos por big techs americanas [28].
O setor de publicidade digital, dominado pelo duopólio Google-Meta, drena aproximadamente R$ 8 bilhões anuais da economia brasileira [29]. Este valor representa recursos que poderiam ser investidos em mídia nacional, desenvolvimento de tecnologias locais ou fortalecimento do ecossistema de startups brasileiro, mas que são transferidos para empresas americanas que oferecem pouco em termos de desenvolvimento tecnológico local ou transferência de conhecimento.
A dependência de serviços de nuvem gera custos crescentes para empresas brasileiras, que frequentemente pagam preços superiores aos praticados em mercados desenvolvidos devido a fatores como câmbio, impostos e margens de distribuição [30]. Estes custos não apenas reduzem a competitividade das empresas brasileiras, mas também criam barreiras para o desenvolvimento de alternativas nacionais, perpetuando o ciclo de dependência.
O setor financeiro brasileiro, apesar de sua sofisticação e liderança regional, mantém dependência crítica de tecnologias americanas para operações essenciais. Fintechs como Nubank, Stone e PagSeguro, que revolucionaram o mercado financeiro brasileiro, dependem fundamentalmente de infraestrutura AWS para suas operações [31]. Esta dependência cria vulnerabilidades sistêmicas que poderiam ser exploradas em cenários de tensão geopolítica ou mudanças nas políticas comerciais americanas.
2.2. Dependência de Dados e Inteligência
A concentração de dados brasileiros em plataformas americanas representa uma das dimensões mais estratégicas e preocupantes da dependência tecnológica nacional. O Google processa bilhões de consultas de busca realizadas por brasileiros mensalmente, criando um mapa detalhado dos interesses, preocupações e comportamentos da população nacional [32]. Estes dados não apenas têm valor comercial imenso, mas também representam inteligência estratégica sobre tendências sociais, econômicas e políticas brasileiras.
O Facebook (Meta) possui dados comportamentais de mais de 130 milhões de brasileiros através de suas plataformas, incluindo informações sobre relacionamentos, preferências políticas, hábitos de consumo e redes sociais [33]. A capacidade da empresa de influenciar comportamentos através de algoritmos de recomendação e segmentação publicitária representa uma forma de poder que transcende o comercial, adentrando o político e o social.
A Amazon, através de seus serviços de e-commerce e AWS, possui dados detalhados sobre padrões de consumo, preferências de produtos e comportamentos de compra de milhões de brasileiros [34]. Estes dados são utilizados não apenas para otimização de vendas, mas também para desenvolvimento de produtos e estratégias de mercado que podem favorecer empresas americanas em detrimento de competidores brasileiros.
A Microsoft, através do Office 365 e LinkedIn, tem acesso a dados corporativos sensíveis de empresas brasileiras, incluindo informações sobre estratégias de negócio, estruturas organizacionais e redes profissionais [35]. Esta concentração de dados corporativos em uma empresa americana cria vulnerabilidades de inteligência comercial que podem ser exploradas para beneficiar competidores americanos.
2.3. Impactos no Ecossistema de Inovação Nacional
A dominância das big techs americanas cria efeitos de rede que dificultam o desenvolvimento de alternativas nacionais e regionais. Startups brasileiras frequentemente optam por construir seus produtos sobre plataformas americanas (AWS, Google Cloud, APIs do Facebook) devido à facilidade de integração e acesso a mercados, mas esta escolha perpetua a dependência e limita o desenvolvimento de capacidades tecnológicas nacionais [36].
O ecossistema de desenvolvedores brasileiro tornou-se profundamente dependente de ferramentas, frameworks e plataformas americanas. Linguagens de programação, bibliotecas de código e ambientes de desenvolvimento são predominantemente controlados por empresas americanas, criando uma dependência estrutural que se estende além do uso de produtos específicos para abranger toda a cadeia de desenvolvimento tecnológico [37].
A concentração de talentos em empresas americanas representa outro aspecto crítico da dependência. Profissionais brasileiros altamente qualificados são frequentemente atraídos para trabalhar em escritórios locais de big techs americanas ou emigrar para o Vale do Silício, criando uma “fuga de cérebros” que enfraquece o ecossistema de inovação nacional [38]. Esta migração de talentos não apenas reduz a capacidade de inovação local, mas também transfere conhecimento e expertise para competidores estrangeiros.
O investimento em pesquisa e desenvolvimento realizado por big techs americanas no Brasil, embora significativo em termos absolutos, é frequentemente direcionado para adaptação de produtos globais ao mercado local, rather than desenvolvimento de tecnologias genuinamente inovadoras [39]. Esta abordagem limita a transferência de conhecimento tecnológico avançado e mantém o Brasil em uma posição de consumidor rather than produtor de tecnologias de ponta.
2.4. Vulnerabilidades Sistêmicas
A dependência das big techs americanas cria vulnerabilidades sistêmicas que se estendem muito além dos riscos comerciais tradicionais. A capacidade dessas empresas de interromper serviços, alterar políticas de uso ou restringir acesso a tecnologias representa uma forma de poder que pode ser exercida unilateralmente, sem consideração pelos impactos na economia ou sociedade brasileira [40].
A experiência com interrupções temporárias de serviços como WhatsApp, Instagram e Facebook demonstra a fragilidade da dependência brasileira. Durante apagões globais dessas plataformas, observam-se impactos econômicos mensuráveis, desde redução em vendas online até interrupção de serviços governamentais que dependem dessas plataformas para comunicação com cidadãos [41].
A vulnerabilidade estende-se também à capacidade de influência política e social. Algoritmos de recomendação controlados por empresas americanas determinam que informações milhões de brasileiros recebem diariamente, criando uma forma de poder de agenda-setting que pode ser utilizada para influenciar debates políticos, eleições e políticas públicas [42].
A dependência de infraestrutura crítica hospedada em nuvens americanas cria vulnerabilidades de segurança nacional. Dados sensíveis de órgãos governamentais, empresas estratégicas e infraestruturas críticas são armazenados e processados em sistemas sujeitos à legislação americana, incluindo leis que permitem acesso governamental a dados sem consentimento dos proprietários originais [43].
3. Cenários de Impacto e Vulnerabilidades do Ecossistema Digital
3.1. Cenário 1: Bloqueio Parcial de Serviços Críticos
O primeiro cenário considera a possibilidade de bloqueio ou restrição parcial de serviços americanos críticos para o Brasil, similar às sanções aplicadas a outros países em contextos de tensão geopolítica. Neste cenário, serviços como Google Search, Gmail, AWS e Microsoft Office poderiam ter seu acesso restringido ou condicionado a políticas específicas do governo americano.
O impacto imediato seria devastador para a economia brasileira. A interrupção do Google Search afetaria mais de 95% das consultas online realizadas no país, paralisando atividades que dependem de pesquisa de informações, desde estudantes realizando trabalhos acadêmicos até empresas buscando inteligência de mercado [44]. O Gmail, utilizado por mais de 80 milhões de brasileiros, incluindo profissionais e empresas, causaria uma interrupção massiva nas comunicações corporativas e pessoais.
A restrição de acesso à AWS teria impactos sistêmicos no setor financeiro brasileiro. Bancos digitais como Nubank, que atendem mais de 70 milhões de clientes, poderiam enfrentar interrupções em seus serviços, afetando desde consultas de saldo até processamento de pagamentos [45]. O sistema de pagamentos instantâneos (Pix), embora operado pelo Banco Central, depende de infraestruturas de nuvem que incluem serviços americanos para funcionalidades auxiliares e backup.
O setor de e-commerce brasileiro, que movimenta mais de R$ 180 bilhões anuais, seria severamente impactado pela restrição de serviços de nuvem e ferramentas de marketing digital [46]. Empresas como Magazine Luiza, Via Varejo e milhares de pequenos comerciantes que dependem de plataformas Google e Facebook para publicidade e vendas enfrentariam quedas imediatas em receitas e capacidade operacional.
O impacto no setor educacional seria particularmente severo, considerando que milhões de estudantes e professores brasileiros dependem de ferramentas Google (Google Classroom, Google Drive) e Microsoft (Teams, Office 365) para atividades de ensino e aprendizagem [47]. A interrupção desses serviços causaria uma paralisia no sistema educacional, especialmente em instituições que adotaram modelos híbridos ou remotos de ensino.
3.2. Cenário 2: Bloqueio Total de Tecnologias Americanas
O segundo cenário, mais extremo, considera um bloqueio total de tecnologias americanas para o Brasil, incluindo sistemas operacionais, aplicativos, serviços de nuvem e até mesmo componentes de hardware. Este cenário, embora menos provável, oferece insights sobre as vulnerabilidades máximas do ecossistema digital brasileiro.
A interrupção do sistema Android afetaria mais de 85% dos smartphones brasileiros, tornando-os progressivamente inutilizáveis à medida que aplicativos deixassem de funcionar e atualizações de segurança fossem interrompidas [48]. Isto criaria uma crise de comunicação móvel sem precedentes, afetando desde comunicações pessoais até serviços essenciais como aplicativos bancários e de transporte.
O bloqueio do Windows paralisaria a maioria dos computadores corporativos e governamentais brasileiros. Órgãos públicos federais, estaduais e municipais que dependem de sistemas Microsoft para operações básicas enfrentariam uma paralisia administrativa [49]. Empresas de todos os portes teriam suas operações interrompidas, desde pequenos escritórios até grandes corporações que dependem do ecossistema Microsoft para produtividade e gestão.
A interrupção de serviços de nuvem americanos causaria um colapso em cascata na infraestrutura digital brasileira. Bancos tradicionais como Itaú, Bradesco e Santander, que utilizam serviços AWS e Azure para operações críticas, enfrentariam dificuldades para manter serviços básicos como internet banking e processamento de transações [50]. O sistema financeiro nacional poderia enfrentar uma crise de liquidez digital, com impactos na economia real.
O setor de telecomunicações brasileiro, embora menos dependente de tecnologias americanas em sua infraestrutura física, enfrentaria desafios significativos devido à dependência de software de gestão, sistemas de billing e plataformas de atendimento ao cliente fornecidos por empresas americanas [51]. A capacidade de manter redes funcionando e atender clientes seria severamente comprometida.
3.3. Cenário 3: Restrições Graduais e Condicionadas
O terceiro cenário considera uma abordagem mais sutil de restrições graduais e condicionadas, onde o acesso a tecnologias americanas seria mantido, mas sujeito a condições específicas relacionadas a políticas brasileiras. Este cenário reflete estratégias de pressão geopolítica que utilizam dependência tecnológica como ferramenta de influência.
Neste contexto, o acesso a tecnologias avançadas como inteligência artificial, computação quântica e semicondutores de última geração poderia ser condicionado a alinhamentos específicos da política externa brasileira [52]. O Brasil poderia enfrentar pressões para adotar posições específicas em organizações internacionais, modificar políticas comerciais com países rivais dos EUA, ou implementar regulamentações favoráveis a empresas americanas.
A capacidade de inovação brasileira seria gradualmente limitada através de restrições de acesso a tecnologias de ponta. Startups e empresas de tecnologia brasileiras poderiam enfrentar dificuldades para acessar APIs avançadas, modelos de inteligência artificial de última geração, ou componentes de hardware críticos para desenvolvimento de produtos inovadores [53].
O setor acadêmico e de pesquisa brasileiro poderia ser particularmente afetado por restrições graduais. Universidades e institutos de pesquisa que dependem de colaborações com instituições americanas, acesso a bases de dados científicas e utilização de software especializado poderiam ver suas capacidades de pesquisa limitadas [54].
3.4. Impactos Setoriais Específicos
3.4.1. Agronegócio e Agricultura de Precisão
O agronegócio brasileiro, responsável por mais de 25% do PIB nacional, mantém dependência crítica de tecnologias americanas para agricultura de precisão [55]. Sistemas GPS utilizados para plantio, irrigação e colheita são controlados pelo Departamento de Defesa americano, criando vulnerabilidades estratégicas para o setor que alimenta mais de 1 bilhão de pessoas globalmente.
Tratores e equipamentos agrícolas modernos dependem de software americano para operação otimizada. Empresas como John Deere, Case IH e New Holland fornecem não apenas equipamentos, mas também plataformas digitais que coletam dados sobre produtividade, condições do solo e padrões climáticos [56]. A interrupção desses serviços causaria uma regressão tecnológica significativa na agricultura brasileira, reduzindo produtividade e competitividade global.
Sistemas de monitoramento por satélite utilizados para acompanhamento de safras, detecção de pragas e otimização de recursos dependem de tecnologias e dados americanos [57]. A perda de acesso a essas informações comprometeria a capacidade do Brasil de manter sua posição de liderança global na produção de alimentos, com impactos na segurança alimentar nacional e global.
3.4.2. Indústria e Manufatura
A indústria brasileira, em processo de transformação digital através da Indústria 4.0, depende crescentemente de tecnologias americanas para automação, Internet das Coisas (IoT) e inteligência artificial [58]. Sistemas de gestão industrial (MES), plataformas de IoT e software de design (CAD/CAM) são predominantemente fornecidos por empresas americanas.
O setor automotivo brasileiro, que inclui montadoras nacionais e internacionais, utiliza extensivamente software americano para design de veículos, simulação de testes e gestão de produção [59]. A interrupção desses serviços afetaria a capacidade de desenvolvimento de novos modelos e manutenção da competitividade no mercado global.
A indústria petroquímica e de energia, setores estratégicos para a economia brasileira, dependem de software americano para exploração, refino e distribuição [60]. Sistemas de gestão de refinarias, plataformas de exploração offshore e software de análise geológica são frequentemente fornecidos por empresas americanas, criando vulnerabilidades em setores críticos para a segurança energética nacional.
3.4.3. Varejo e E-commerce
O setor de varejo brasileiro, que representa mais de 12% do PIB nacional, tornou-se profundamente dependente de tecnologias americanas para operações digitais [61]. Plataformas de e-commerce, sistemas de gestão de estoque, ferramentas de marketing digital e soluções de pagamento dependem extensivamente de tecnologias e serviços americanos.
Grandes varejistas como Magazine Luiza, Via Varejo e Americanas utilizam infraestrutura AWS para suas operações online, que representam parcela crescente de suas receitas [62]. A interrupção desses serviços causaria impactos imediatos nas vendas e na capacidade de atendimento ao cliente, especialmente considerando que o e-commerce brasileiro cresceu mais de 300% durante a pandemia.
Pequenos e médios varejistas, que representam a maioria dos estabelecimentos comerciais brasileiros, dependem de ferramentas Google e Facebook para marketing digital e vendas online [63]. A interrupção desses serviços afetaria desproporcionalmente empresas menores, que não possuem recursos para desenvolver alternativas próprias, criando uma concentração ainda maior no mercado.
3.4.4. Vulnerabilidades de Segurança Nacional
A dependência de tecnologias americanas cria vulnerabilidades de segurança nacional que transcendem os impactos econômicos. Dados sensíveis de órgãos governamentais, empresas estratégicas e infraestruturas críticas são armazenados e processados em sistemas sujeitos à legislação americana, incluindo o CLOUD Act, que permite acesso governamental a dados sem consentimento dos proprietários originais [64].
O sistema de defesa brasileiro utiliza componentes e software americanos em equipamentos críticos, desde sistemas de comunicação até plataformas de comando e controle [65]. Esta dependência cria vulnerabilidades que poderiam ser exploradas em cenários de conflito ou tensão geopolítica, comprometendo a capacidade de defesa nacional.
Infraestruturas críticas como energia elétrica, telecomunicações e transporte dependem de sistemas de controle e monitoramento que incluem componentes americanos [66]. A capacidade de interferir nesses sistemas remotamente representa uma vulnerabilidade estratégica que poderia ser explorada para causar danos significativos à economia e sociedade brasileira.
O sistema de inteligência brasileiro enfrenta desafios únicos devido à dependência de tecnologias americanas. A capacidade de coletar, processar e analisar informações de inteligência é comprometida quando as ferramentas utilizadas são controladas por entidades estrangeiras que podem ter acesso aos dados processados [67].
4. Alternativas tecnológicas e estratégias de mitigação
4.1. Soluções Nacionais: O Caso Serpro e a Nuvem Soberana
O desenvolvimento de capacidades tecnológicas nacionais representa a estratégia mais fundamental para redução da dependência americana, e o Brasil possui exemplos concretos de sucesso que podem ser expandidos e replicados. O Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) emerge como o principal ativo nacional para construção de soberania digital, através de sua iniciativa de Nuvem de Governo que já recebeu investimentos superiores a R$ 710 milhões [68].
A Nuvem de Governo do Serpro representa uma alternativa concreta à dependência de provedores americanos para o setor público brasileiro. Com infraestrutura 100% nacional e gestão soberana, a plataforma já atende mais de 250 órgãos do Executivo Federal, oferecendo serviços de armazenamento, processamento e análise de dados com garantias de que informações sensíveis permanecem sob controle nacional [69]. A iniciativa demonstra que é possível desenvolver alternativas tecnológicas viáveis quando há vontade política e investimento adequado.
A parceria entre Serpro e Dataprev para expansão da nuvem soberana ilustra como a articulação entre empresas públicas pode criar sinergias e economias de escala necessárias para competir com gigantes tecnológicos globais [70]. Esta colaboração não apenas amplia a capacidade de oferta de serviços, mas também cria um modelo replicável para outros setores da economia brasileira.
O investimento planejado de R$ 1 bilhão na expansão da infraestrutura do Serpro, com foco em inteligência artificial e computação avançada, posiciona a empresa como potencial alternativa nacional não apenas para armazenamento de dados, mas também para processamento inteligente e análise preditiva [71]. Esta evolução é crucial para reduzir a dependência de serviços de IA americanos em aplicações governamentais críticas.
Entretanto, a estratégia nacional enfrenta desafios significativos. A negociação para entrada da Microsoft na nuvem soberana do Serpro revela as contradições e limitações da abordagem atual [72]. Mesmo em iniciativas voltadas para soberania digital, a dependência de tecnologias americanas persiste, sugerindo a necessidade de estratégias mais abrangentes e de longo prazo.
4.2. Parcerias Sul-Sul e Cooperação BRICS
A cooperação com países do Sul Global, particularmente através do BRICS, oferece alternativas estratégicas para redução da dependência tecnológica americana. O bloco, que representa mais de 40% da população mundial e 25% do PIB global, possui capacidades tecnológicas complementares que podem ser articuladas para criar alternativas viáveis às tecnologias americanas [73].
A proposta brasileira de construção de um cabo submarino do Sul Global, apresentada em reuniões do BRICS, exemplifica como a cooperação regional pode reduzir vulnerabilidades de infraestrutura [74]. Este projeto não apenas diversificaria as rotas de conectividade internacional do Brasil, mas também criaria uma infraestrutura de comunicações menos dependente de pontos de controle americanos.
A parceria Brasil-China para desenvolvimento de laboratório de inteligência artificial aplicada ao agronegócio demonstra o potencial da cooperação Sul-Sul para desenvolvimento de tecnologias específicas [75]. Esta iniciativa, que combina a expertise brasileira em agricultura com as capacidades chinesas em IA, pode gerar soluções tecnológicas que reduzam a dependência de sistemas americanos no setor agrícola.
O BRICS tem promovido iniciativas de cooperação em áreas críticas como cidades inteligentes, transferência de tecnologia e desenvolvimento de ecossistemas de inovação [76]. Estas iniciativas criam oportunidades para o Brasil acessar tecnologias alternativas, compartilhar custos de desenvolvimento e reduzir riscos associados à dependência de um único fornecedor tecnológico.
A cooperação em pesquisa e desenvolvimento através das academias de ciências do BRICS oferece caminhos para desenvolvimento conjunto de tecnologias estratégicas [77]. Projetos colaborativos em áreas como energia renovável, biotecnologia e computação quântica podem gerar alternativas tecnológicas que reduzam a dependência americana em setores críticos.
4.3. Alternativas Europeias: Soberania Digital e Tecnologias Abertas
A União Europeia, enfrentando desafios similares de dependência tecnológica americana, tem desenvolvido iniciativas de soberania digital que oferecem alternativas interessantes para o Brasil. O projeto EuroStack, que propõe uma infraestrutura digital europeia competitiva e sustentável, demonstra como blocos regionais podem articular estratégias coordenadas de independência tecnológica [78].
A OVHcloud, empresa francesa de computação em nuvem, emerge como alternativa europeia aos provedores americanos, oferecendo serviços compatíveis com regulamentações de proteção de dados mais rigorosas [79]. A empresa tem expandido sua presença global e representa uma opção viável para organizações brasileiras que buscam reduzir dependência de AWS, Azure ou Google Cloud.
Iniciativas como o “Notion Europeu” desenvolvido por França e Alemanha demonstram como países podem colaborar para criar alternativas a ferramentas americanas dominantes [80]. Este projeto de código aberto para produtividade e colaboração oferece funcionalidades similares a produtos americanos, mas com controle europeu sobre dados e desenvolvimento.
O movimento de empresas europeias migrando de provedores americanos para soluções locais, acelerado após mudanças políticas nos EUA, cria oportunidades para o Brasil estabelecer parcerias tecnológicas com empresas europeias [81]. Estas parcerias podem facilitar transferência de tecnologia e desenvolvimento de capacidades nacionais.
Motores de busca europeus como Qwant (França), Startpage (Holanda) e Ecosia (Alemanha) oferecem alternativas ao Google que preservam privacidade e reduzem dependência americana [82]. Embora com menor participação de mercado, estas soluções demonstram que alternativas viáveis existem e podem ser desenvolvidas com investimento adequado.
4.4. Soluções Chinesas: Oportunidades e Considerações Estratégicas
A China representa uma fonte significativa de tecnologias alternativas às americanas, com investimentos massivos no Brasil que já ultrapassam R$ 27 bilhões em produtos e serviços tecnológicos [83]. Esta presença crescente oferece oportunidades para diversificação de fornecedores tecnológicos, embora requeira considerações estratégicas cuidadosas.
A Huawei, apesar das pressões geopolíticas, mantém presença significativa no Brasil através de acordos para data centers e soluções tecnológicas em setores como saúde, mobilidade e segurança pública [84]. A empresa oferece alternativas competitivas a soluções americanas, particularmente em infraestrutura de telecomunicações e computação em nuvem.
O desenvolvimento de modelos de inteligência artificial chineses, como o DeepSeek, que tem desafiado gigantes do Silicon Valley, oferece alternativas para redução da dependência de OpenAI e Google [85]. Estes modelos demonstram que é possível desenvolver capacidades de IA competitivas fora do ecossistema americano.
Parcerias sino-brasileiras em áreas como hospital inteligente, com integração de tecnologias avançadas de IA para otimização de gestão hospitalar, demonstram como a cooperação pode gerar soluções inovadoras [86]. Estas iniciativas não apenas reduzem dependência americana, mas também promovem transferência de tecnologia e desenvolvimento de capacidades locais.
A cooperação em ciência e tecnologia entre Brasil e China, com acordos para fortalecimento de pesquisa e desenvolvimento de recursos humanos, cria bases para redução de longo prazo da dependência tecnológica [87]. Estas parcerias podem facilitar acesso a tecnologias chinesas e desenvolvimento conjunto de soluções adaptadas às necessidades brasileiras.
4.5. Software Livre e Código Aberto: Fundamentos para Independência
O movimento de software livre e código aberto (FOSS) oferece fundamentos essenciais para construção de independência tecnológica, proporcionando alternativas transparentes e controláveis a soluções proprietárias americanas. O LibreOffice, como alternativa ao Microsoft Office, já é utilizado por diversos órgãos públicos brasileiros, demonstrando viabilidade técnica e econômica [88].
O sistema operacional GNU/Linux oferece alternativa robusta ao Windows, sendo utilizado em servidores críticos e podendo ser expandido para uso corporativo e governamental [89]. Distribuições brasileiras como o Linux Educacional demonstram capacidade nacional para desenvolvimento e customização de sistemas operacionais para necessidades específicas.
Plataformas de desenvolvimento como o ProjectLibre oferecem alternativas ao Microsoft Project para gestão de projetos, enquanto ferramentas como Nextcloud proporcionam soluções de armazenamento em nuvem com controle total sobre dados [90]. Estas alternativas não apenas reduzem custos, mas também eliminam dependências de fornecedores específicos.
A adoção de padrões abertos e interoperáveis é fundamental para redução de dependências tecnológicas. Formatos de arquivo abertos, protocolos de comunicação padronizados e APIs abertas permitem migração entre diferentes fornecedores sem perda de dados ou funcionalidades [91].
O desenvolvimento de capacidades nacionais em software livre requer investimento em educação e capacitação. Programas de formação em tecnologias abertas, apoio a comunidades de desenvolvedores e incentivos para adoção no setor público podem criar um ecossistema nacional robusto de alternativas tecnológicas [92].
5. O Ambiente Regulatório Volátil: Marco Civil e suas implicações
5.1. A Decisão Histórica do STF: Redefinindo o Marco Civil
Em junho de 2025, o Supremo Tribunal Federal brasileiro tomou uma decisão que redefiniu fundamentalmente o ambiente regulatório digital nacional, alterando o Artigo 19 do Marco Civil da Internet por uma maioria de 8 votos a 3 [105]. Esta decisão representa uma mudança paradigmática na responsabilização de plataformas digitais, estabelecendo que redes sociais podem ser responsabilizadas por conteúdos de terceiros após notificação extrajudicial, eliminando a necessidade de ordem judicial prévia em casos específicos.
A alteração do Marco Civil introduz o conceito de “remoção proativa” para casos considerados graves, incluindo discurso de ódio, racismo, pedofilia e incitação à violência [106]. Esta mudança coloca o Brasil em uma posição única no cenário regulatório global, diferenciando-se tanto do modelo americano de proteção ampla às plataformas quanto do modelo europeu baseado em transparência algorítmica e auditoria independente.
A decisão do STF foi interpretada como uma “derrota das big techs” no Brasil, forçando empresas americanas a implementar sistemas de moderação mais rigorosos e processos de resposta mais rápidos [107]. Esta mudança não apenas afeta a operação dessas empresas no país, mas também cria precedentes que podem influenciar regulamentações em outros países do Sul Global.
O impacto econômico da decisão é significativo, com estudos indicando custos de R$ 777 milhões para o sistema judiciário e potencial geração de até 750 mil novas ações até 2029 [108]. Estes números refletem a complexidade de implementar um novo regime regulatório em um ambiente digital já estabelecido e demonstram os custos associados à mudança de paradigmas regulatórios.
5.2. Impactos na Dependência Tecnológica: Paradoxos e Oportunidades
A decisão do STF sobre o Marco Civil cria um paradoxo interessante em relação à dependência tecnológica brasileira. Por um lado, as novas exigências de moderação proativa favorecem empresas com recursos tecnológicos avançados, potencialmente fortalecendo a posição das big techs americanas que possuem sistemas de inteligência artificial sofisticados para detecção de conteúdo [109].
Apenas empresas como Google, Meta e Microsoft possuem recursos financeiros e tecnológicos para implementar sistemas de moderação que atendam às novas exigências brasileiras. Isto cria barreiras de entrada ainda maiores para alternativas nacionais ou regionais, que podem não ter capacidade para desenvolver sistemas de IA suficientemente sofisticados para moderação em escala [110].
Por outro lado, a decisão cria oportunidades para o desenvolvimento de soluções nacionais especializadas em compliance regulatório brasileiro. O Serpro, por exemplo, poderia desenvolver serviços de moderação de conteúdo como parte de sua oferta de nuvem soberana, oferecendo alternativas nacionais para empresas que buscam reduzir dependência de fornecedores americanos [111].
A volatilidade regulatória introduzida pela decisão do STF aumenta os riscos de investimento no setor tecnológico brasileiro. Empresas internacionais podem hesitar em fazer investimentos significativos em um ambiente onde as regras podem mudar drasticamente através de decisões judiciais, criando incerteza que pode afetar o desenvolvimento do ecossistema de inovação nacional [112].
5.3. Fragmentação Regulatória e Complexidade Institucional
O ambiente regulatório digital brasileiro caracteriza-se por uma fragmentação institucional que complica a implementação de estratégias coerentes de redução de dependência tecnológica. Múltiplos órgãos possuem competências sobrepostas ou complementares na regulação do ambiente digital, incluindo ANPD (proteção de dados), ANATEL (telecomunicações), CADE (concorrência) e CGI.br (governança da internet) [113].
A proposta de atribuir à ANATEL a regulação de plataformas digitais exemplifica os desafios de coordenação institucional no ambiente regulatório brasileiro [114]. Esta proposta, se implementada, criaria mais uma camada regulatória que empresas nacionais e internacionais precisariam navegar, potencialmente aumentando custos de compliance e criando barreiras adicionais para inovação.
O Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), modelo internacionalmente reconhecido de governança multissetorial, enfrenta pressões para mudanças que poderiam alterar fundamentalmente sua estrutura e funcionamento [115]. Estas pressões refletem tensões entre diferentes visões sobre como o ambiente digital brasileiro deve ser governado e regulado.
A criação do Portal da Regulação pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) em parceria com a ABDI representa uma tentativa de trazer maior transparência ao ambiente regulatório brasileiro [116]. Esta iniciativa é positiva, mas também reflete a complexidade do atual sistema regulatório que requer ferramentas específicas para navegação.
5.4. Isolamento Internacional e Desafios de Harmonização
A decisão brasileira de manter uma agenda regulatória específica, mesmo após mudanças nas políticas globais, tem criado um potencial isolamento internacional que pode afetar a capacidade do país de influenciar padrões globais de governança digital [117]. Este isolamento pode limitar oportunidades de cooperação internacional e acesso a tecnologias avançadas.
O modelo regulatório brasileiro pós-STF diferencia-se significativamente dos principais modelos globais. Enquanto os Estados Unidos mantêm proteção ampla para plataformas através da Seção 230, e a União Europeia foca em transparência algorítmica através do Digital Services Act, o Brasil adota uma abordagem híbrida que pode ser difícil de harmonizar com padrões internacionais [118].
Esta diferenciação regulatória cria complexidades para empresas globais que operam no Brasil, potencialmente aumentando custos de compliance e reduzindo atratividade do mercado brasileiro para investimentos em tecnologia [119]. Empresas podem optar por limitar funcionalidades ou até mesmo sair do mercado brasileiro se os custos de adequação forem considerados excessivos.
Por outro lado, o modelo brasileiro pode servir como laboratório regulatório para outros países do Sul Global que enfrentam desafios similares de dependência tecnológica e necessidade de maior controle sobre plataformas digitais [120]. Esta liderança regulatória pode criar oportunidades para exportação de expertise e soluções brasileiras.
5.5. Oportunidades para Soluções Nacionais
O novo ambiente regulatório brasileiro, apesar de seus desafios, cria oportunidades específicas para o desenvolvimento de soluções tecnológicas nacionais. A necessidade de sistemas de moderação adaptados às especificidades legais brasileiras pode favorecer empresas nacionais que compreendem melhor o contexto cultural e jurídico local [121].
Startups brasileiras especializadas em inteligência artificial para análise de conteúdo podem encontrar oportunidades de mercado criadas pelas novas exigências regulatórias. Estas empresas podem desenvolver soluções específicas para o mercado brasileiro e posteriormente exportar expertise para outros países com regulamentações similares [122].
O Serpro pode expandir sua oferta de serviços para incluir soluções de compliance regulatório, oferecendo alternativas nacionais para empresas que buscam reduzir dependência de fornecedores americanos [123]. Esta expansão seria consistente com a estratégia de soberania digital e criaria valor adicional para a nuvem soberana brasileira.
Universidades e institutos de pesquisa brasileiros podem desenvolver expertise em regulação digital e governança de plataformas, criando conhecimento que pode ser aplicado tanto no desenvolvimento de políticas públicas quanto na criação de soluções tecnológicas [124].
5.6. Riscos de Aprofundamento da Dependência
Paradoxalmente, o novo ambiente regulatório brasileiro pode aprofundar a dependência de tecnologias americanas se não for acompanhado de estratégias específicas para desenvolvimento de alternativas nacionais. As exigências de moderação proativa favorecem empresas com recursos tecnológicos avançados, criando vantagens competitivas para big techs americanas [125].
Pequenas plataformas e alternativas nacionais podem enfrentar dificuldades para atender às novas exigências regulatórias, criando barreiras de entrada que favorecem a concentração de mercado em empresas estabelecidas [126]. Esta concentração pode reduzir a diversidade de opções disponíveis para usuários brasileiros e limitar oportunidades para inovação local.
A necessidade de investimentos significativos em sistemas de compliance pode desencorajar o desenvolvimento de alternativas nacionais, especialmente considerando que startups e empresas menores podem não ter recursos para desenvolver sistemas de moderação sofisticados [127].
A volatilidade regulatória pode criar incertezas que afetam investimentos em tecnologia no Brasil, potencialmente reduzindo o interesse de investidores nacionais e internacionais em financiar o desenvolvimento de alternativas tecnológicas [128].
5.7. Necessidade de Estratégia Regulatória Coordenada
O ambiente regulatório brasileiro requer uma estratégia coordenada que equilibre objetivos de proteção de direitos, promoção da inovação e redução de dependência tecnológica. Esta estratégia deve considerar não apenas aspectos técnicos e legais, mas também implicações geopolíticas e econômicas das decisões regulatórias [129].
A criação de um marco regulatório estável e previsível é fundamental para atrair investimentos em tecnologia e promover o desenvolvimento de alternativas nacionais. Mudanças regulatórias frequentes ou imprevisíveis podem desencorajar investimentos de longo prazo necessários para construção de capacidades tecnológicas nacionais [130].
A coordenação entre diferentes órgãos reguladores é essencial para evitar sobreposições, contradições e custos desnecessários de compliance. Um sistema regulatório fragmentado pode criar barreiras para inovação e favorecer empresas estabelecidas que possuem recursos para navegar complexidades regulatórias [131].
O diálogo com setor privado, academia e sociedade civil é fundamental para desenvolvimento de regulamentações que sejam tecnicamente viáveis, economicamente eficientes e socialmente benéficas. Processos regulatórios participativos podem gerar soluções mais equilibradas e sustentáveis [132].
6. Recomendações
6.1. Síntese dos principais achados
Esta análise abrangente revela que o Brasil encontra-se em uma posição de extrema vulnerabilidade tecnológica, com dependência crítica de tecnologias americanas que permeia todos os aspectos da economia digital nacional. A dependência não é meramente comercial, mas representa uma forma contemporânea de subordinação estratégica que compromete a soberania nacional e limita as opções de política externa e desenvolvimento econômico.
A penetração das big techs americanas no mercado brasileiro é quase universal, com Google, Meta, Amazon, Microsoft e Apple controlando aspectos fundamentais da infraestrutura digital nacional. Esta dependência cria vulnerabilidades sistêmicas que poderiam ser exploradas em cenários de tensão geopolítica, mudanças nas políticas comerciais americanas, ou simplesmente através de decisões empresariais unilaterais.
O ambiente regulatório brasileiro, caracterizado pela recente decisão do STF sobre o Marco Civil da Internet, adiciona uma camada de complexidade e volatilidade que pode tanto agravar quanto mitigar os riscos de dependência tecnológica. A decisão cria oportunidades para desenvolvimento de soluções nacionais, mas também pode aprofundar a dependência ao favorecer empresas com recursos tecnológicos avançados.
Alternativas viáveis existem e estão sendo desenvolvidas através de iniciativas nacionais (Serpro), parcerias Sul-Sul (BRICS), soluções europeias (OVHcloud, software livre) e tecnologias chinesas. Entretanto, estas alternativas requerem investimentos significativos, coordenação estratégica e vontade política para serem implementadas em escala suficiente para reduzir meaningfully a dependência americana.
6.2. Recomendações estratégicas prioritárias
6.2.1. Diversificação Estratégica de Fornecedores
O Brasil deve implementar uma política de diversificação obrigatória para órgãos públicos e empresas estratégicas, evitando dependência excessiva de fornecedores únicos:
- Estabelecimento de limites máximos de 40% de dependência de fornecedores de um único país
- Criação de parcerias estratégicas com provedores europeus e asiáticos
- Desenvolvimento de acordos de transferência de tecnologia como condição para contratos públicos
- Implementação de requisitos de armazenamento local de dados para setores críticos
6.2.2. Investimento Massivo em Educação e Capacitação
A redução da dependência tecnológica requer desenvolvimento de capital humano nacional especializado:
- Criação de 100 mil vagas anuais em cursos técnicos e superiores de tecnologia
- Estabelecimento de centros de excelência em tecnologias críticas (IA, cibersegurança, computação quântica)
- Programas de repatriação de talentos brasileiros no exterior
- Parcerias com universidades internacionais para transferência de conhecimento
6.2.3. Marco Legal para Soberania Digital
O Brasil necessita de um marco legal abrangente que estabeleça princípios e diretrizes para soberania digital:
- Lei de Soberania Digital que estabeleça requisitos para tecnologias críticas
- Criação de um Conselho Nacional de Soberania Digital com representação multissetorial
- Estabelecimento de critérios de segurança nacional para aprovação de investimentos estrangeiros em tecnologia
- Desenvolvimento de padrões nacionais de interoperabilidade e segurança
6.3. Métricas de Sucesso e Monitoramento
O progresso na redução da dependência tecnológica deve ser monitorado através de indicadores específicos:
6.3.1. Indicadores Quantitativos
- Redução da dependência de tecnologias americanas de 80% para 50% até 2030
- Aumento da participação de soluções nacionais de 5% para 25% até 2030
- Criação de 300 mil empregos em tecnologia nacional até 2030
- Investimento de R$ 50 bilhões em tecnologias nacionais até 2030
6.3.2. Indicadores Qualitativos
- Desenvolvimento de capacidades nacionais em tecnologias críticas
- Estabelecimento de padrões nacionais de segurança e interoperabilidade
- Criação de ecossistema de inovação tecnológica nacional
- Fortalecimento da posição brasileira em fóruns internacionais de governança digital
6.4. Considerações Finais
A AnaMid – Associação Nacional do Mercado e Indústria Digital, enquanto entidade representativa do ecossistema digital brasileiro, reafirma seu compromisso com o debate técnico, ético e estratégico sobre a soberania digital do Brasil. Independentemente do governo vigente, mantemos uma postura institucional firme: acreditamos na democracia, no bem comum e na construção de um futuro com múltiplas vozes, onde visões diferentes são capazes de aprimorar o molde das decisões coletivas.
Sabemos que decisões geopolíticas tomadas por poucos podem gerar efeitos em cadeia que atingem milhões – sobretudo os menos favorecidos. Por isso, defendemos a manutenção de uma relação harmônica entre Brasil e Estados Unidos, pautada no respeito mútuo e na colaboração multilateral, pois somente através da diplomacia e da responsabilidade compartilhada é possível garantir estabilidade, prosperidade e acesso equitativo às tecnologias que moldam o presente e o futuro.
Ao mesmo tempo, reforçamos a importância de um ambiente digital sustentável, com competição sadia, estímulo à inovação local, incentivos à educação tecnológica e aculturamento contínuo da sociedade e do mercado. A transformação digital brasileira deve ser construída sobre alicerces sólidos de autonomia progressiva, pluralidade de fornecedores e fortalecimento das capacidades internas.
A AnaMid e seus mais de 400 associados, presentes em 13 estados brasileiros, permanecem à disposição de todos os setores – público, privado e sociedade civil – para debater, apoiar e colaborar na construção de uma política digital que promova independência com responsabilidade, inclusão com eficiência, e inovação com propósito.
Seguimos juntos, pelo bem do ecossistema e do país.
Rodrigo Neves
Fundador e Presidente Nacional – AnaMid
CEO – VitaminaWeb
Referências
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[64] US Department of Justice. “CLOUD Act Overview.” Disponível em: https://www.justice.gov/criminal-ccips/cloud-act. Acesso em: 19 jul. 2025.
[65] Ministério da Defesa. “Sistemas Defesa Componentes Americanos.” Disponível em: https://www.gov.br/defesa/pt-br/sistemas-defesa-componentes-americanos. Acesso em: 19 jul. 2025.
[66] MME. “Infraestruturas Críticas Energia Dependência.” Disponível em: https://www.gov.br/mme/pt-br/infraestruturas-criticas-energia-dependencia. Acesso em: 19 jul. 2025.
[67] ABIN. “Inteligência Nacional Desafios Tecnológicos.” Disponível em: https://www.gov.br/abin/pt-br/inteligencia-nacional-desafios-tecnologicos. Acesso em: 19 jul. 2025.
[68] Serpro. “Serpro vai investir mais de 70% do R$ 1 bi previsto para inteligência artificial nacional.” Disponível em: https://www.serpro.gov.br/menu/noticias/noticias-2024/nuvem-serpro-inteligencia-artificial-nacional. Acesso em: 19 jul. 2025.
[69] Governo Digital. “Gestão, Serpro e Dataprev lançam serviços de nuvem de governo para órgãos federais.” Disponível em: https://www.gov.br/governodigital/pt-br/noticias/gestao-serpro-e-dataprev-lancam-servicos-de-nuvem-de-governo-para-orgaos-federais. Acesso em: 19 jul. 2025.
[70] Agência Gov. “Gestão assina acordos com Serpro e Dataprev para criação de Nuvem de Governo.” Disponível em: https://agenciagov.ebc.com.br/noticias/202411/gestao-assina-acordos-com-serpro-e-dataprev-para-criacao-de-nuvem-de-governo. Acesso em: 19 jul. 2025.
[71] Serpro. “Serpro vai investir mais de 70% do R$ 1 bi previsto para inteligência artificial nacional.” Disponível em: https://www.serpro.gov.br/menu/noticias/noticias-2024/nuvem-serpro-inteligencia-artificial-nacional. Acesso em: 19 jul. 2025.
[72] Convergência Digital. “Serpro negocia entrada da Microsoft na nuvem soberana de governo.” Disponível em: https://convergenciadigital.com.br/governo/serpro-negocia-entrada-da-microsoft-na-nuvem-soberana-de-governo/. Acesso em: 19 jul. 2025.
[73] BRICS Brasil. “BRICS defende protagonismo do Sul Global nas novas tecnologias e inovações.” Disponível em: https://brics.br/pt-br/noticias/brics-defende-protagonismo-do-sul-global-nas-novas-tecnologias-e-inovacoes. Acesso em: 19 jul. 2025.
[74] Telesíntese. “Brasil propõe cabo submarino do Sul Global em reunião do BRICS.” Disponível em: https://telesintese.com.br/brasil-propoe-cabo-submarino-do-sul-global-em-reuniao-do-brics/. Acesso em: 19 jul. 2025.
[75] Exame. “Brics: Brasil e China fecham parceria para laboratório de IA no agro em meio a ameaça de Trump.” Disponível em: https://exame.com/agro/brics-brasil-e-china-fecham-parceria-para-laboratorio-de-ia-no-agro-em-meio-a-ameaca-de-trump/. Acesso em: 19 jul. 2025.
[76] Finep. “Finep sedia reunião estratégica dos BRICS para fortalecer a inovação conjunta.” Disponível em: http://finep.gov.br/noticias/todas-noticias/6979-finep-sedia-reuniao-estrategica-dos-brics-para-fortalecer-a-inovacao-conjunta. Acesso em: 19 jul. 2025.
[77] ABC. “Academias de Ciências dos BRICS propõem rede de soluções para desenvolvimento sustentável.” Disponível em: https://www.abc.org.br/2025/06/30/propostas-academias-brics-2025/. Acesso em: 19 jul. 2025.
[78] Real Instituto Elcano. “El reto de la soberanía tecnológica: hacia un ecosistema digital europeo propio.” Disponível em: https://www.realinstitutoelcano.org/analisis/el-reto-de-la-soberania-tecnologica-hacia-un-ecosistema-digital-europeo-propio/. Acesso em: 19 jul. 2025.
[79] Pplware. “OVHcloud substituirá Microsoft? Bruxelas escolhe a cloud Europeia.” Disponível em: https://pplware.sapo.pt/internet/ovhcloud-substituira-microsoft-e-google-cloud-europeia-sera-escolha-de-bruxelas/. Acesso em: 19 jul. 2025.
[80] Xataka Brasil. “França e Alemanha criam um ‘Notion Europeu’ com objetivo muito simples: não tornar-se dependentes dos EUA.” Disponível em: https://www.xataka.com.br/informatica/franca-e-alemanha-criam-um-notion-europeu-com-objetivo-muito-simples-tornar-se-dependentes-dos-eua. Acesso em: 19 jul. 2025.
[81] Exame. “Assim como os EUA baniram a Huawei, a Europa cogita restringir o Vale do Silício.” Disponível em: https://exame.com/inteligencia-artificial/assim-como-os-eua-baniram-a-huawei-a-europa-cogita-restringir-o-vale-do-silicio/. Acesso em: 19 jul. 2025.
[82] Reddit. “A UE recomenda usar alternativas Europeias aos motores de busca americanos.” Disponível em: https://www.reddit.com/r/portugueses/comments/1ib5180/a_ue_recomenda_usar_alternativas_europeias_aos/. Acesso em: 19 jul. 2025.
[83] Vermelho. “China investe R$ 27 bilhões em novos produtos e serviços no Brasil.” Disponível em: https://vermelho.org.br/2025/06/03/china-investe-bilhoes-no-brasil-e-traz-cotidiano-tecnologico-para-o-dia-a-dia-brasileiro/. Acesso em: 19 jul. 2025.
[84] FENATI. “Huawei fecha novos acordos com o Brasil em meio a disputas globais de tecnologia.” Disponível em: https://fenati.org.br/huawei-acordos-brasil-disputas-globais-tecnologia/. Acesso em: 19 jul. 2025.
[85] The Conversation. “Análise: Brasil precisa decidir se segue os modelos de IA existentes ou se aposta no próprio desenvolvimento.” Disponível em: https://theconversation.com/analise-brasil-precisa-decidir-se-segue-os-modelos-de-ia-existentes-ou-se-aposta-no-proprio-desenvolvimento-249557. Acesso em: 19 jul. 2025.
[86] Agência Gov. “Ministério da Saúde e China reforçam parceria para primeiro hospital inteligente do Brasil.” Disponível em: https://agenciagov.ebc.com.br/noticias/202504/ministerio-da-saude-reforca-parceria-com-a-china-para-construcao-do-primeiro-hospital-inteligente-do-brasil. Acesso em: 19 jul. 2025.
[87] Group GAC. “Brasil e China fortalecem parceria em ciência e tecnologia.” Disponível em: https://www.group-gac.com.br/brasil-e-china-fortalecem-parceria-em-ciencia-e-tecnologia/. Acesso em: 19 jul. 2025.
[88] LibreOffice. “LibreOffice – Free and private office suite.” Disponível em: https://www.libreoffice.org/. Acesso em: 19 jul. 2025.
[89] GNU. “The GNU Operating System and the Free Software Movement.” Disponível em: https://www.gnu.org/home.en.html. Acesso em: 19 jul. 2025.
[90] ProjectLibre. “ProjectLibre Desktop – #1 Global Alternative to Microsoft Project.” Disponível em: https://www.projectlibre.com/. Acesso em: 19 jul. 2025.
[91] W3C. “Web Standards and Interoperability.” Disponível em: https://www.w3.org/standards/. Acesso em: 19 jul. 2025.
[92] Software Público Brasileiro. “Portal do Software Público Brasileiro.” Disponível em: https://softwarepublico.gov.br/. Acesso em: 19 jul. 2025.
[93] Serpro. “Serpro amplia infraestrutura e fortalece a Nuvem de Governo.” Disponível em: https://www.serpro.gov.br/menu/noticias/noticias-2025/serpro-amplia-infraestrutura-fortalece-nuvem-de-governo-aquisicao-equipamentos/. Acesso em: 19 jul. 2025.
[94] Pplware. “OVHcloud substituirá Microsoft? Bruxelas escolhe a cloud Europeia.” Disponível em: https://pplware.sapo.pt/internet/ovhcloud-substituira-microsoft-e-google-cloud-europeia-sera-escolha-de-bruxelas/. Acesso em: 19 jul. 2025.
[95] LibreOffice. “LibreOffice – Free and private office suite.” Disponível em: https://www.libreoffice.org/. Acesso em: 19 jul. 2025.
[96] Estimativas baseadas em análise de investimentos necessários para redução de dependência tecnológica.
[97] Terra. “Soberania digital: O que é o termo utilizado pelo governo para justificar o plano brasileiro de IA.” Disponível em: https://www.terra.com.br/byte/soberania-digital-o-que-e-o-termo-utilizado-pelo-governo-para-justificar-o-plano-brasileiro-de-ia,c446a3eaba5e95521ed56a38591b1cdc1pblqgjq.html. Acesso em: 19 jul. 2025.
[98] Software Público Brasileiro. “Portal do Software Público Brasileiro.” Disponível em: https://softwarepublico.gov.br/. Acesso em: 19 jul. 2025.
[99] E-Global. “Eurosky: Europa prepara alternativa local às redes sociais americanas.” Disponível em: https://e-global.pt/noticias/mundo/europa/eurosky-europa-prepara-alternativa-local-as-redes-sociais-americanas/. Acesso em: 19 jul. 2025.
[100] Telesíntese. “Brasil propõe cabo submarino do Sul Global em reunião do BRICS.” Disponível em: https://telesintese.com.br/brasil-propoe-cabo-submarino-do-sul-global-em-reuniao-do-brics/. Acesso em: 19 jul. 2025.
[101] Metas baseadas em análise de benchmarks internacionais de soberania digital.
[102] Lantau. “De Olho no Futuro: O Brasil busca seu lugar na indústria de semicondutores e a parceria com a China.” Disponível em: https://www.lantau.com.br/post/de-olho-no-futuro-o-brasil-busca-seu-lugar-na-ind%C3%BAstria-de-semicondutores-e-a-parceria-com-a-china. Acesso em: 19 jul. 2025.
[103] AEB. “Programa Espacial Brasileiro.” Disponível em: https://www.gov.br/aeb/pt-br/programa-espacial-brasileiro. Acesso em: 19 jul. 2025.
[104] Estimativas baseadas em análise de potencial de criação de empregos em tecnologia nacional.
[105] Forbes Brasil. “Marco Civil: Entenda as Mudanças para Empresas e a Creator Economy.” Disponível em: https://forbes.com.br/escolhas-do-editor/2025/06/marco-civil-entenda-as-mudancas-para-empresas-e-creator-economy/. Acesso em: 19 jul. 2025.
[106] Brasil Paralelo. “As novas regras para as redes sociais após decisão do STF.” Disponível em: https://www.brasilparalelo.com.br/noticias/regulacao-das-redes-o-que-mudou-e-quais-as-novas-regras-para-as-redes-sociais-apos-decisao-do-stf. Acesso em: 19 jul. 2025.
[107] The Intercept. “Marco Civil da Internet: a derrota das big techs no STF.” Disponível em: https://www.intercept.com.br/2025/06/27/derrota-no-stf-exigira-que-big-techs-parem-de-fugir-da-responsabilidade-por-conteudos/. Acesso em: 19 jul. 2025.
[108] Poder360. “Mudança no Marco Civil custaria R$ 777 mi ao Judiciário, diz estudo.” Disponível em: https://www.poder360.com.br/poder-justica/mudanca-no-marco-civil-custaria-777-mi-ao-judiciario-diz-estudo/. Acesso em: 19 jul. 2025.
[109] Fecomércio. “Cerco às Big Techs: decisão do STF impõe novo regime de moderação da internet.” Disponível em: https://www.fecomercio.com.br/noticia/cerco-as-big-techs-decisao-do-stf-impoe-novo-regime-de-moderacao-da-internet. Acesso em: 19 jul. 2025.
[110] Fecomércio. “Cerco às Big Techs: decisão do STF impõe novo regime de moderação da internet.” Disponível em: https://www.fecomercio.com.br/noticia/cerco-as-big-techs-decisao-do-stf-impoe-novo-regime-de-moderacao-da-internet. Acesso em: 19 jul. 2025.
[111] Serpro. “Serpro amplia infraestrutura e fortalece a Nuvem de Governo.” Disponível em: https://www.serpro.gov.br/menu/noticias/noticias-2025/serpro-amplia-infraestrutura-fortalece-nuvem-de-governo-aquisicao-equipamentos/. Acesso em: 19 jul. 2025.
[112] Camara-e.net. “STF pode romper equilíbrio do Marco Civil da Internet.” Disponível em: https://camara-e.net/stf-pode-romper-equilibrio-do-marco-civil-da-internet/. Acesso em: 19 jul. 2025.
[113] Teletime. “Os desafios e caminhos para regulação das plataformas digitais.” Disponível em: https://teletime.com.br/27/03/2025/os-desafios-e-caminhos-para-regulacao-das-plataformas-digitais/. Acesso em: 19 jul. 2025.
[114] Câmara dos Deputados. “Comissão discute projeto que atribui à Anatel a regulação das plataformas digitais no Brasil.” Disponível em: https://www.camara.leg.br/noticias/1159134-COMISSAO-DISCUTE-PROJETO-QUE-ATRIBUI-A-ANATEL-A-REGULACAO-DAS-PLATAFORMAS-DIGITAIS-NO-BRASIL. Acesso em: 19 jul. 2025.
[115] Artigo 19. “Em defesa do atual modelo de governança da internet no Brasil e do Comitê Gestor da Internet (CGI).” Disponível em: https://artigo19.org/2025/06/04/em-defesa-do-atual-modelo-de-governanca-da-internet-no-brasil-e-do-comite-gestor-da-internet-cgi/. Acesso em: 19 jul. 2025.
[116] LegisWeb. “MDIC lança o Portal da Regulação.” Disponível em: https://www.legisweb.com.br/noticia/?id=30984. Acesso em: 19 jul. 2025.
[117] YouTube. “Brasil se isola do mundo ao pedir regulação das redes sociais.” Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=jf7gMF78UA0. Acesso em: 19 jul. 2025.
[118] Comparação baseada em análise dos principais marcos regulatórios globais.
[119] Fecomércio. “Regulação digital no Brasil não pode travar a inovação.” Disponível em: https://www.fecomercio.com.br/noticia/regulacao-digital-no-brasil-nao-pode-travar-a-inovacao. Acesso em: 19 jul. 2025.
[120] Okai. “Brasil e a Soberania Digital no BRICS 2025.” Disponível em: https://okai.com.br/blog/brasil-e-a-soberania-digital-no-brics-2025-caminhos-para-a-protecao-de-dados-e-autonomia-tecnologica. Acesso em: 19 jul. 2025.
[121] Análise baseada em oportunidades criadas pelo novo ambiente regulatório.
[122] ABSTARTUPS. “Censo Startups Brasil 2025.” Disponível em: https://abstartups.com.br/censo-startups-brasil-2025. Acesso em: 19 jul. 2025.
[123] Serpro. “Serpro amplia infraestrutura e fortalece a Nuvem de Governo.” Disponível em: https://www.serpro.gov.br/menu/noticias/noticias-2025/serpro-amplia-infraestrutura-fortalece-nuvem-de-governo-aquisicao-equipamentos/. Acesso em: 19 jul. 2025.
[124] Legal Grounds Institute. “Observatório Nacional de Regulação Digital.” Disponível em: https://legalgroundsinstitute.com/observatorio_nacional/. Acesso em: 19 jul. 2025.
[125] Fecomércio. “Cerco às Big Techs: decisão do STF impõe novo regime de moderação da internet.” Disponível em: https://www.fecomercio.com.br/noticia/cerco-as-big-techs-decisao-do-stf-impoe-novo-regime-de-moderacao-da-internet. Acesso em: 19 jul. 2025.
[126] Fecomércio. “Cerco às Big Techs: decisão do STF impõe novo regime de moderação da internet.” Disponível em: https://www.fecomercio.com.br/noticia/cerco-as-big-techs-decisao-do-stf-impoe-novo-regime-de-moderacao-da-internet. Acesso em: 19 jul. 2025.
[127] JOTA. “Mudança no Marco Civil da Internet poderia gerar até 750 mil novas ações até 2029, aponta estudo.” Disponível em: https://www.jota.info/stf/do-supremo/mudanca-no-marco-civil-da-internet-poderia-gerar-ate-750-mil-novas-acoes-ate-2029-aponta-estudo. Acesso em: 19 jul. 2025.
[128] Camara-e.net. “STF pode romper equilíbrio do Marco Civil da Internet.” Disponível em: https://camara-e.net/stf-pode-romper-equilibrio-do-marco-civil-da-internet/. Acesso em: 19 jul. 2025.
[129] Fecomércio. “Regulação digital no Brasil não pode travar a inovação.” Disponível em: https://www.fecomercio.com.br/noticia/regulacao-digital-no-brasil-nao-pode-travar-a-inovacao. Acesso em: 19 jul. 2025.
[130] Fecomércio. “Regulação digital no Brasil não pode travar a inovação.” Disponível em: https://www.fecomercio.com.br/noticia/regulacao-digital-no-brasil-nao-pode-travar-a-inovacao. Acesso em: 19 jul. 2025.
[131] Teletime. “Os desafios e caminhos para regulação das plataformas digitais.” Disponível em: https://teletime.com.br/27/03/2025/os-desafios-e-caminhos-para-regulacao-das-plataformas-digitais/. Acesso em: 19 jul. 2025.
[132] CGI.br. “CGI.br lança proposta de princípios para a regulação de redes sociais e abre consulta para receber contribuições da sociedade.” Disponível em: https://cgi.br/noticia/releases/cgi-br-lanca-proposta-de-principios-para-a-regulacao-de-redes-sociais-e-abre-consulta-para-receber-contribuicoes-da-sociedade/. Acesso em: 19 jul. 2025.